5 fatos curiosos sobre os Australopithecus Anamensis, os parentes mais próximos dos seres humanos

14/04/2024 às 16:002 min de leituraAtualizado em 14/04/2024 às 16:00

Você já ouviu falar no Australopithecus anamensis? Caso você não esteja familiarizado, esses antigos hominídeos são um dos parentes mais próximos de nós, os Homo sapiens. Porém, isso não necessariamente significa que sabemos tudo sobre a sua existência, mas as poucas informações que temos sobre são realmente intrigantes.

Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco fatos a respeito do A. anamensis que você deveria saber!

1. Existência da espécie na Terra

Humano olhando crânio de um antigo humanoide. (Fonte: GettyImages)
Humano olhando crânio de um antigo humanoide. (Fonte: Getty Images)

Os Australopithecus afarensis são provavelmente os australopitecos mais conhecidos pelos seres humanos, embora os dados que temos até aqui sugiram que o A. anamensis seja o mais antigo de todos. Espécimes fósseis dataram a espécie de 4,2 milhões de anos a até 3,8 milhões de anos atrás.

Essas informações foram conquistadas após um crânio da espécie ter sido encontrado na Etiópia em 2016. Além disso, a datação quebrou qualquer teoria de que o A. anamensis havia evoluído diretamente para A. afarensis, uma vez que as duas espécies coexistiram por pelo menos 100 mil anos.

2. Habitat natural

Os Australopithecus anamensis viviam em florestas verdes. (Fonte: GettyImages)
Os Australopithecus anamensis viviam em florestas verdes. (Fonte: Getty Images)

A maioria dos restos mortais dos A. anamensis foram recuperados em apenas dois países: Quênia e Etiópia. De acordo com pesquisadores, estima-se que essas regiões eram bastante florestadas quando a espécie estava viva, e também eram rodeadas de lagos.

Contudo, os fósseis encontrados na Etiópia não foram achados na fronteira com o Quênia — como era de se esperar. Portanto, isso indica que o A. anamensis conseguiu se espalhar, com restos mortais sendo recuperados na região nordeste do país, incluindo um dente, um fêmur e um crânio. 

3. Aparência específica

Reconstrução facial de um Australopithecus anamensis. (Fonte: John Gurche/Museu de História Natural de Cleveland)
Reconstrução facial de um Australopithecus anamensis. (Fonte: John Gurche/Museu de História Natural de Cleveland/Reprodução)

Os A. anamensis podem até ser um dos parentes mais próximos dos seres humanos, mas isso não significa que eles eram necessariamente muito parecido conosco. Com base nos fósseis que foram encontrados até hoje, os cientistas conseguiram realizar algumas suposições fundamentadas de como esses seres vivos realmente eram.

A extremidade superior das tíbias recuperadas e a orientação humana das articulações do tornozelo sugerem que eles podiam andar sobre duas pernas, mas não eram tão altos quanto os humanos. Inclusive, acredita-se que eles tinham altura mais próxima dos chimpanzés modernos. 

Quanto aos seus rostos, nós não tínhamos nenhuma imagem esclarecedora até 2016, até que um crânio específico foi encontrado na Etiópia. Após algumas análises, os cientistas sugeriram que eles provavelmente se pareciam muito com macacos, com testa inclinada e maçãs do rosto proeminentes.

4. Estilo de vida

Amostra de um osso fossilizado de um Australopithecus anamensis. (Fonte: Wikimedia Commons)
Amostra de osso fossilizado de um Australopithecus anamensis. (Fonte: Wikimedia Commons)

Um estudo sobre os A. anamensis concluiu que os sinais microscópicos de desgaste deixados nos dentes fossilizados dessas criaturas sugerem que eles tinham uma dieta composta por "alimentos menos desafiadores mecanicamente". Portanto, é bem possível que esses antigos humanoides se alimentavam de coisas como folhas e frutos de árvores e arbustos. 

Outros ossos do corpo também parecem apoiar essa dieta: o comprimento dos antebraços e as marcas encontradas nos ossos do pulso sugerem que eles passavam muito tempo subindo em árvores.

5. Informações não encontradas

Crânio de um Australopithecus. (Fonte: GettyImages)
Crânio de um Australopithecus. (Fonte: Getty Images)

Além dos alimentos que o A. anamensis consumia e da forma como eles eram coletados, é difícil saber muito mais sobre como esses seres viviam. O motivo? Além de um registro fóssil pequeno e fragmentado, nós simplesmente ainda não temos uma forma de voltar no tempo para desvendar o passado do planeta com 100% de certeza.

De todo modo, pesquisadores ainda esperam que novas descobertas fósseis sejam feitas no futuro para juntar as lacunas restantes sobre o passado dos nossos primeiros antepassados conhecidos.

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